Desde crianças planejamos ,mesmo sem querer,o nosso futuro.Mesmo antes de termos a exata noção do que realmente é futuro.
Eu ,por exemplo ,até hoje não sei!
Durante toda a nossa vidinha ouvimos lições e filosofias que tentam inutilmente nos dizer o caminho,o tal caminho,que devemos traçar para alcançar a tão sonhada felicidade.Ou outro objetivo qualquer.
Estou tentando desenvolver um texto sobre esse tema por que por diversas vezes segui filosofias diferentes ,tolas por sinal,na tentativa de fazer com que os meus dias fizessem sentido e nenhuma delas me deu qualquer reposta e muito menos conforto.Ainda me sinto em um corpo estranho.Colocada em um ambiente que não é o meu,vivendo uma realidade desconhecida e cruel.
Procurei os melhores pensamentos dentro de mim para não sentir essa dor que sinto agora,neste exato momento.Foram tantos fracassos que me tornei alguma coisa.Não sei o que é.Os nervos foram forrados por um material mais insensível que o aço.As percepções,antigamente doces e sonhadoras,agora são incrédulas, sarcásticas demais até pra mim.A defensiva se tornou o meu constante posicionamento perante tudo.E me pergunto: Em que lugar deste caminho eu me perdi de mim? Será que foi quando deixei de ser criança enquanto criança?Ou foi no meio de tantas frustrações,não grandes,mas marcantes o suficiente para juntas fazerem um estrago?
Eu não suporto ser inútil.Eu sou inútil.
Não importa o caminho idiota,difícil,correto,tortuoso ou seja lá como for a reta que eu siga e menos ainda onde chegarei se quem amo sofre.Eu abandono esse meu ego imbecil para dizer que FODA-SE eu.Não existe caminho sem pessoas a quem amar.Não existe ponto de chegada se antes dele não vi felizes aqueles de quem mais gosto.Eu não existo sem essas pessoas.Mãe,irmãos,vô,vó,amigos,padrinhos...Embora tenha a mania terrível de fingir não precisar de ninguém,eu preciso mais deles do que eles de mim.Basicamente minha existência só será menos dolorosa se através dela eu for capaz de influenciar positivamente a vida de quem realmente importa.
Isso sim seria não viver em vão.
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