domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pulsos

Apesar de ainda ter visto o  filme,pelo pouco que li ,a personagem principal de Millenium ,após sofrer um estupro muda drásticamente a aparência.

Isso me traz ,repetitivamente,antigos sentimentos.É claro que nunca sofri algo de tamanha crueldade como o que ocorre com a personagem,mas o princípio de quere mutilar-se depois de passar por algo doloroso me é familiar.E mais comum do que parece.

Quem,em um momento de extremo desespero não pensa em tirar a própria vida,cortar os pulsos?

Eu já pensei.

Até nova demais  pra ter essse tipo de pensamento.

Aos oito anos eu tive depressão infantil (o que só vim a descobrir anos depois).Naquela época como eu podia saber o que estava passando pela minha cabeça?Eu era apenas uma criança.E hoje tenho pena  quando olho para traz.Não parece ser eu.Não sou eu.Ainda tenho dificuldades em aceitar que as coisa que escrevo aqui fazem parte de mim.Prefiro achar que é a Sina,personagem que recentemente eu criei pra exorcisar ameus demônios.

Não é fácil sorrir e saber que tudo que me assombra ainda está aqui e que coisas simples me fazem voltar aos velhos tormentos.Prefiro achar que esse passado não é meu.Lembro dele,mas não é meu.

Estou terrivelmente curiosa pra assistir a essse filme,mas ....Tenho a sensação de ue vou me reconhecer nela.E como ela existem tantas outras meninas por aí,que passarm por terríveis experiências e tenho vontade de sair a procura pra ajudar .Sei como é estar sozinha.E pretendo de fatovoltar minhas forças a ajudar em casos de vítimas que sofreram por algum trauma.

Recentemente ,pra ser mais exata no dia 15 de Janeiro,uma menina de 12 anos foi estuprada em um ônibus.Hoje o suspeito foi presoe ao que parece cometendo outros crimes contra jovens.

É tão repugnante!

De dar nojo o que esta sociedade vem se tornando.

Quando estava escrevendo minha carta de despedida do mundo,com a faca da cozinha na mão,uma coisa,além do medo,me impediu de acabar com a minha vida:reencontrar minha mãe.

Na época estava morando no Nordeste com meus avós e minha mãe estava aqui no Rio.Só queria vê-la de novo e então seguiria com o plano.

Basicamente era isso.Mas não segui.

Não lembro o decorrer daquela ideia,no entanto aquela não foi sua última aparição.

O que quero dizer com toda esta baboseira de divã é que algo que me faz acreditar em coisas impossíveis,em sonhos,é a necessidade de ajudar a quem precisa.Ajuda.Solidariedade.

Essa maldita sociedade miserável está cheia de radicalistas que tem dinheiro e não movem uma palha pra prestar AJUDA a ninguém.Cansa assistir tv,ler jornal,ver nas redes sociais que nós estamos regredindo tanto.

Somos de dar mais mais pena do que eu aos oito anos.

Um comentário:

Fernando disse...

Olá Sina
São duras as suas palavras, mas estes sentimentos são difíceis de superar. As vezes nos sentimos tão presos dentro de nós mesmos que a única forma de nos libertar é tirando a própria vida. E voce falou no último post que somos nós é que complicamos a vida e voce vem agora complicando ainda mais né rsrsrs.

Tem dias que nem dá vontade de saber de nada, de noticia nenhuma, de se esconder deste mundo cão, pois é só descgraça, tragédia, perdas... E solidariedade zero, ou mto pouco, espero que a gente não sucumba aos sistemas deste mundo e possamos nos tornar pesoas melhores do que somos hoje.

gde abrsss
Fernando dos Santos
http://fernopinari.blogspot.com/